Café Paliativo – um encontro de compartilhamento e troca de conhecimento

Os avanços em todas as áreas da saúde vêm mudando a forma de interpretar o significado dos cuidados paliativos. O termo, que costumava ser associado ao período final da vida, hoje em dia é o diferencial desde o diagnóstico de doenças incuráveis. Estudos mostram que quem recebe os cuidados paliativos vive mais e melhor. Essa mudança de paradigma significa que eles são capazes de prolongar e melhorar a qualidade de vida dos pacientes.

Os cuidados paliativos fazem parte da rotina do Hospital Estadual Getúlio Vargas, na Zona Norte do Rio de Janeiro. Uma equipe de profissionais acolhe o paciente crônico e a família dele já no momento do diagnóstico, oferecendo amparo físico e espiritual para lidar com a doença. Semanalmente, como ocorreu no dia 27 de junho, médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais, fisioterapeutas, nutricionistas, entre outros profissionais da área da saúde do Complexo Estadual de Saúde da Penha, reúnem-se na Sala Átrio para discussão sobre cuidados paliativos em UTI e debate sobre estes cuidados nos pacientes da UTI do HEGV. O encontro, denominado Café Paliativo, é promovido pela Comissão de Cuidados Paliativos da unidade, que tem como presidente o médico coordenador dos CTIs 1 e 2 do Hospital, Dr. Sandro Oliveira.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), os cuidados paliativos “consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais”. A OMS estima que todos os anos mais de 40 milhões de pessoas necessitarão de cuidados paliativos em algum momento da vida.

“Com uma ótica humanizada, os cuidados paliativos representam a possibilidade de atender as pessoas como pessoas, levando em consideração mais do que a doença, mas também os sintomas e os sofrimentos. Agir assim possibilita ainda um prognóstico melhor, permitindo que os pacientes vivam mais e com mais qualidade, mesmo diante de um diagnóstico de uma doença muito grave”, explica o presidente da Comissão.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam as ações da Comissão de Cuidados Paliativos do Hospital Estadual Getúlio Vargas e UPA Penha 24h.

 

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), The Economist, Instituto Oncoguia e Comissão de Cuidados Paliativos do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Foto: IPCEP.