Conheça a demência, conheça a doença de Alzheimer

O Mês e o Dia Mundial do Alzheimer são uma campanha internacional da Alzheimer’s Disease International (ADI) realizada para aumentar a conscientização e desafiar o estigma que cerca a demência. A ADI escolheu a frase “Conheça a demência, conheça a doença de Alzheimer” como tema para as ações deste ano, com foco especial no apoio pós-diagnóstico.

A doença, descrita pela primeira vez em 1906 pelo psiquiatra alemão Aloysius Alzheimer (1864-1915), se apresenta como demência ou perda de funções cognitivas (memória, orientação, atenção e linguagem), causada pela morte de células cerebrais. Quando diagnosticada no início, é possível retardar o seu avanço e ter mais controle sobre os sintomas, garantindo melhor qualidade de vida ao paciente e à família. É caracterizada pela piora progressiva dos sintomas, entretanto, muitos pacientes podem apresentar períodos de maior estabilidade. A evolução dos sintomas da Doença de Alzheimer pode ser dividida em três fases: leve, moderada e grave.

Atualmente, estima-se que mais de 55 milhões de pessoas em todo o mundo vivam com demência. O número de pessoas afetadas deve aumentar para 139 milhões até 2050.

Segundo o relatório mundial de Alzheimer, o Brasil estará entre os mais afetados pela doença, uma vez que há maior incidência de casos em países populosos, de média e baixa renda. Além do Brasil, Índia, China, Nigéria e México devem apresentar os maiores números de casos.

As pesquisas têm progredido na compreensão dos mecanismos que causam a doença e no desenvolvimento de drogas para o seu tratamento, cujos objetivos são aliviar os sintomas existentes, estabilizando-os ou, ao menos, permitindo que boa parte dos pacientes tenha uma progressão mais lenta da doença, conseguindo manter-se independentes nas atividades da vida diária por mais tempo. Os avanços da medicina têm permitido que os pacientes tenham uma sobrevida maior e uma qualidade de vida melhor, mesmo na fase grave da doença, porém, não existe cura para a Doença de Alzheimer.

A cada etapa da doença, profissionais especializados podem ser indicados para minimizar problemas e orientar a família, com o objetivo de favorecer a superação de perdas e enfrentar o processo de adoecimento, mantendo a qualidade de contato e relacionamento. Muitos são os profissionais que cuidam de pessoas com Doença de Alzheimer. Além de médicos (geralmente neurologistas, geriatras, psiquiatras ou clínicos gerais), há atuação de outros profissionais de saúde: psicólogos, enfermeiros, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, fisioterapeutas, nutricionistas, educadores, educadores físicos, assistentes sociais e dentistas.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam todas as ações do Dia Mundial do Alzheimer. O estilo de vida é muito importante para prevenir a enfermidade. Quanto mais cedo houver uma mudança de hábitos, mais fácil minimizar o problema.

 

Fontes: Alheimer’s Disease International (ADI), Associação Brasileira de Alzheimer (ABRAz), Federação Médica Brasileira (FMB), Academia Brasileira de Neurologia (ABNeuro) e Sociedade Brasileira de Geriatria e Gerontologia (SBGG). Arte: IPCEP.