Pacientes e acompanhantes participam de luau em unidade coordenada pelo IPCEP

O céu estava perfeito, o sol se pondo no horizonte, parecia pintar as cores da alegria nas nuvens. Violão e música que entoavam esperança, cangas de praia forravam o chão, uma composição perfeita em um ambiente nada comum, um hospital. Este foi o cenário do ‘Luau Entoando o Amor’, promovido pela Equipe Multidisciplinar do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, unidade administrada pelo Instituto de Psicologia Educacional e Profissional (IPCEP), no Estado da Paraíba.

“A música foi utilizada como forma de humanização à saúde, um meio de alcançar pela fraternidade e pelo carinho os pacientes e, com isso, desmistificar o que existe no ambiente hospitalar, que muitas vezes se torna um lugar de angustias e questionamentos. Entendemos que se utilizamos a voz para dizer a um paciente que ele não está bem, ou que ficará interno por mais um tempo, é de total relevância que a voz também seja usada de uma forma diferente, por meio de canções e mensagens positivas que transmitam emoção, carinho e esperança”, esclareceu Deyverson Evangelista, fonoaudiólogo e membro da Equipe de Musicoterapia do Complexo Hospitalar.

Laurismar Alves, 66 anos, paciente da cardiologia, definiu o momento como surpreendente e renovador. “Quando a enfermeira falou que teria o luau eu não acreditei, me perguntei como poderiam fazer algo assim num hospital, mas aqui estou, muito feliz e surpreso por esse momento. Nos tirou da rotina, das quatro paredes. Por um instante eu não me senti dentro de um hospital. Só tenho o que agradecer a toda equipe, foi uma experiência incrível. Renovadora” afirmou.

Já Maria Neuza Félix, acompanhante do Djailton Nunes, narrou que nunca participou de um luau, e para ela o momento aliviou a saudade de casa. “Não é fácil acompanhar o sofrimento de quem a gente tanto ama, mas o que alivia o coração é ver que toda atenção necessária é dada com um atendimento de excelência. Esse momento afirma o quanto os profissionais se preocupam de fato com a gente e com nossas emoções. O baixo-astral vai embora e a gente até esquece do sofrimento de estar longe de casa. Eu quero guardar para sempre na memória a imagem desse momento”, declarou.

A gerente multidisciplinar da instituição, Edilícia Carneiro, acrescentou que o objetivo do projeto, foi alcançado. “Tudo o que fazemos é com foco no bem-estar dos nossos assistidos. Foi com a intenção de tirá-los do leito de internação e fazê-los se sentir como se não estivessem em um hospital, que trabalhamos para que o projeto acontecesse. Viver uma internação hospitalar é uma situação que ninguém deseja. Mas, temos ciência de quando necessária, quanto mais acolhedora for, melhor para a recuperação e qualidade de vida do assistido” concluiu.

O ‘Luau Entoando o Amor’ se despediu, com a lua iluminando o céu e refletindo o brilho nos olhares dos que ali estavam. A brisa do anoitecer, indicava que aquele momento era propício para um caloroso abraço e, assim foi feito. Não faltou sentimentos bons. A gratidão tomou conta do lugar, junto com a certeza, de que haverá outros, proporcionando novos sorrisos repletos de renovo e esperança.