Abril Azul: CIPA do HEGV realiza evento sobre autismo

Abril é marcado pelo Dia Internacional da Conscientização sobre o Autismo, comemorado em 02 de abril. A data, criada pela Organização das Nações Unidas (ONU), no ano de 2007, serve para ajudar a esclarecer a população sobre o Transtorno do Espectro Autista (TEA), reduzindo a discriminação e o preconceito. É estimado que, no mundo, 1 em cada 100 crianças possuam autismo. A Organização Mundial da Saúde (OMS) diz que esse número é uma estimativa, mas que outras pesquisas mais restritas mostraram que o número pode ser mais alto.

Os transtornos aparecem na infância e tendem a persistir na adolescência e na idade adulta. Na maioria dos casos, eles se manifestam nos primeiros 5 anos de vida. As pessoas afetadas pelos TEAs frequentemente têm condições comórbidas, como epilepsia, depressão, ansiedade, transtorno de déficit de atenção e hiperatividade.

Para marcar o Abril Azul, a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) do Hospital Estadual Getúlio Vargas promoveu no dia 28 o Cine Pipoca, com o objetivo de conscientizar e informar sobre o que é autismo e como lidar com essa condição. O evento contou com a presença do diretor geral do Complexo Estadual de Saúde da Penha, Dr. Paulo Ricardo Lopes da Costa, da diretora técnica, Dra. Flavia Nobre, e da coordenadora de psicologia, Christiane Marques.

“Eventos como este são fundamentais para levarmos esclarecimento além do grupo familiar de quem convive com uma pessoa com autismo. Diferentemente do que ocorria há algumas décadas, atualmente há uma clareza maior sobre essa condição, propiciando diagnósticos mais assertivos, por isso o mais importante é termos um olhar empático antes de julgarmos qualquer atitude em um ambiente social”, explicou a diretora técnica.

O transtorno do espectro autista é caracterizado por um início precoce, uma alteração na comunicação/interação com as outras pessoas e por padrões limitados e repetitivos de comportamento e interesses/atividades. As crianças com autismo apresentam singularidades que as distinguem das outras, tanto na formação das funções psicológicas como na constituição da personalidade.

Ainda não se conhece a cura definitiva para o TEA. Da mesma forma, não existe um padrão de tratamento que possa ser aplicado em todos os portadores do distúrbio. Cada paciente exige um tipo de acompanhamento específico e individualizado, que exige a participação dos pais, dos familiares e de uma equipe multidisciplinar, visando a reabilitação global do paciente.

De acordo com Christiane Marques, “as intervenções psicossociais, baseadas em evidência, tais como terapia comportamental e programas de treinamento para pais, podem reduzir as dificuldades de comunicação e de comportamento social”. A coordenadora também reforçou que essas intervenções têm impacto positivo no bem-estar e na qualidade de vida de pessoas com TEAs e seus cuidadores.

Segundo a presidente da CIPA, Daniele Madureira, “o autismo é uma realidade presente na vida de muitas famílias, tanto de colaboradores quanto de usuários do Hospital Estadual Getúlio Vargas. A CIPA deseja promover cada vez mais a sensibilização e o aprendizado sobre o tema”, disse a enfermeira.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam todas as ações do Abril Azul.

 

Fontes: Organização das Nações Unidas (ONU), Organização Mundial da Saúde (OMS), Canal Autismo, Autismo e Realidade – Fundação José Luiz Egydio Setúbal e Comissão Interna de Prevenção de Acidentes e de Assédio (CIPA) do Hospital Estadual Getúlio Vargas. Fotos: IPCEP.