As cores da saúde em outubro

O mês de outubro já é conhecido mundialmente como um mês marcado por ações afirmativas relacionadas à prevenção e diagnóstico precoce do câncer de mama. O movimento, conhecido como Outubro Rosa, é celebrado anualmente desde os anos 90. O objetivo da campanha é compartilhar informações sobre o câncer de mama e, mais recentemente, câncer do colo do útero, promovendo a conscientização sobre as doenças, proporcionando maior acesso aos serviços de diagnóstico e contribuindo para a redução da mortalidade.

O câncer de mama, uma doença causada pela multiplicação desordenada de células da mama, formando um tumor, é o tipo de câncer mais frequente na mulher brasileira. Há vários tipos de câncer de mama e, por isso, a doença pode evoluir de diferentes formas.

Apesar de ser algo raro, o câncer de mama pode afetar também os homens. Entre eles, representa somente 1% dos casos da doença; em relação às mulheres, chega a 25%.

A principal manifestação da doença é o nódulo (caroço), fixo e geralmente indolor. Ele está presente em cerca de 90% dos casos quando o câncer é percebido pela própria mulher. Pele da mama avermelhada, retraída ou parecida com casca de laranja também é sintoma, assim como alterações no mamilo. A orientação é que as mulheres fiquem atentas, também, se aparecer algum nódulo na axila ou no pescoço e a qualquer saída de líquido anormal das mamas. Vale lembrar que grande parte dos casos são assintomáticos.

Iniciado nos Estados Unidos na década de 1990, o movimento Outubro Rosa promove uma intensa campanha de prevenção contra o câncer de mama. No Brasil, entidades realizam campanhas de conscientização, debates e mutirões ofertando exames gratuitos anualmente, em ambulatórios, hospitais, universidades, carretas, estações itinerantes e até estádios de futebol.

Já o terceiro sábado do mês de outubro é anualmente dedicado para mobilizações do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A campanha Outubro Verde, lançada em 2016, promove visibilidade e conscientização sobre a doença infectocontagiosa que é caracterizada pela transmissão da sífilis da mãe para o feto ou para o recém-nascido. O objetivo da iniciativa, coordenada pelo Grupo de Trabalho Prevenção e Tratamento da Sífilis Congênita da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em conjunto com a Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), é chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da doença na gestante.

Devido à alta prevalência, e considerada um grande desafio e problema de saúde pública, o Ministério da Saúde lançou, em 1993, um projeto de eliminação da sífilis congênita em consonância com a proposta formulada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que definia como meta a redução na incidência da doença a valores menores ou iguais a um caso por mil nascidos vivos. No entanto, a despeito dessa iniciativa e apesar dos vários esforços conjuntos de obstetras, pediatras e equipes de enfermagem, que atuam na atenção primária, secundária e terciária, observou-se que, além de não se conseguir erradicá-la, houve também um aumento no número de casos.

Se previamente diagnosticada e adequadamente tratada, a sífilis congênita não leva a qualquer alteração ou disfunção. Mas, se ignorada, pode levar a sequelas irreversíveis no bebê e até causar a morte. Por isso, é fundamental que se discuta essa moléstia tão antiga, mas que, atualmente, continua tão presente.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam as campanhas da saúde do mês de outubro.

 

Fontes: Instituto Nacional de Câncer José Alencar Gomes da Silva (INCA), Biblioteca Virtual em Saúde – Ministério da Saúde, outubrorosa.org.br, Grupo Saber é Saúde Palestras, Agência AIDS, Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo, Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), Senado Notícias e Agência Brasília. Arte: IPCEP.