Combate às Drogas e ao Alcoolismo alerta sobre o perigo das substâncias no organismo

No dia 20 de fevereiro é celebrado o Dia Nacional de Combate às Drogas e ao Alcoolismo. A data é simbólica, mas muito importante para promover e incentivar os esforços de todos aqueles que lutam contra a dependência química. Vale ressaltar que, segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), a dependência em drogas lícitas ou ilícitas é uma doença.

O uso indevido de substâncias como álcool, cigarro, crack e cocaína é um problema de saúde pública, de ordem internacional e que preocupa nações do mundo inteiro, pois afeta valores culturais, sociais, econômicos e políticos. De acordo com uma pesquisa feita pela Fiocruz, 9,9% dos brasileiros relatavam ter usado drogas ilícitas pelo menos uma vez na vida. Além disso, 7,7% da população consumiu maconha, haxixe ou skunk, 3,1% cocaína, 2,8% solventes e 0,9% crack.

O estudo também mapeou o consumo de álcool. Cerca de 16,5% dos participantes indicaram abusar na dosagem. Os homens consumiram, em uma única ocasião, cinco doses ou mais de bebidas. Já as mulheres, quatro doses ou mais. As drogas legais e ilegais fazem partem do universo social dos jovens. Por isso, a importância do cuidado com as informações e as orientações por parte dos pais, que deve começar bem cedo.

O uso precoce, mesmo quando se tratando de experimentação, expõe os jovens a sérios problemas sociais, de saúde mental e física. Desse modo, é essencial o diálogo. Para psicólogos, o limite deve ser colocado com amor e dedicação ao filho, evitando a imposição por medo ou ameaça.

Hoje, existem várias opções de ajuda para quem enfrenta o problema, seja com internação, hospital dia, ambulatorial, individual ou grupos de AA (Alcoólicos Anônimos) ou NA (Narcóticos Anônimos). Tudo vai depender do grau de uso e do tipo de droga, assim como do nível de intoxicação, do tempo de exposição ou do envolvimento social. O profissional especializado vai avaliar, dentro de uma base clínica, científica e dos critérios diagnósticos da OMS, o grau de comprometimento do usuário ou dependente químico.

Para o IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha, é importante buscar ajuda o mais cedo possível para evitar maiores danos biopsicossociais. É necessário ter um olhar ampliado para a prevenção continuada em todos os seguimentos da sociedade.

Pelo SUS, a população pode contar com a ajuda nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), nos Centros de Atenção Psicossocial (CAPS) e dos Centros de Atenção Psicossocial Álcool e Drogas III (CAPS AD 24 horas). Na rede particular, com o médico de referência.

 

Fontes: Organização Mundial da Saúde (OMS), Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde e Escola Paulista de Enfermagem (UNIFESP). Arte: IPCEP.