Dia Nacional de prevenção e combate à surdez: ouvir bem faz toda a diferença

O Dia Nacional de Prevenção e Combate à Surdez (10 de novembro) foi criado pela Portaria de Consolidação MS nº. 1/2017, art. 527, como símbolo de luta pela educação, conscientização e prevenção sobre os problemas relacionados à surdez e à saúde auditiva. Segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cerca de 10 milhões de brasileiros possuem algum grau de deficiência auditiva, o que equivale a 5% da população brasileira. Desse número, cerca de 2,7 milhões apresentam surdez severa, com predomínio de 54% de homens e 46% de mulheres.

A surdez é uma condição de saúde “invisível”, ela não tem cara. A sociedade não percebe o surdo ou deficiente auditivo da mesma forma que percebe uma outra condição limitante, como por exemplo os indivíduos cadeirantes. Além disso, os surdos também apresentam algumas particularidades quanto a inclusão social. Por isso, a conscientização sobre esta condição merece a atenção de todos, não somente neste dia, mas cotidianamente.

Considera-se deficiência auditiva a perda bilateral, parcial ou total, de quarenta e um decibéis (dB) ou mais, aferida por audiograma nas frequências de 500 Hz, 1.000 Hz, 2.000 Hz e 3.000 Hz. Sendo assim, deve-se realizar um exame chamado audiometria tanto para o diagnóstico de surdez quanto para a classificação do grau de comprometimento da audição.

De acordo com o decreto 5.626, de 22 de dezembro de 2005, Art. 2º, considera-se pessoa surda aquela que, por ter perda auditiva, compreende e interage com o mundo por meio de experiências visuais, manifestando sua cultura principalmente pelo uso da Língua Brasileira de Sinais – Libras, considerada uma língua oficial do Brasil desde 24 de abril de 2002, através da lei nº. 10.436.

Grande parte das pessoas que possuem problemas auditivos não sabem que têm esse problema ou não tomam a iniciativa de procurar o auxílio de um profissional especializado.

O Instituto Positiva Social e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha aconselham a adoção de medidas simples para proteger a audição. Está nas mãos de cada um de nós decidir hoje o que iremos escutar amanhã.

 

Fontes: Ministério da Saúde – Biblioteca Virtual em Saúde, Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), Sociedade Brasileira de Otologia (SBO), Projeto Surdo Cidadão e Calendarr. Arte: Positiva.