Outubro Verde promove conscientização sobre sífilis congênita

O terceiro sábado do mês de outubro é anualmente dedicado para mobilizações do Dia Nacional de Combate à Sífilis e à Sífilis Congênita. A campanha Outubro Verde, lançada em 2016, promove visibilidade e conscientização sobre a doença infectocontagiosa que é caracterizada pela transmissão da sífilis da mãe para o feto ou para o recém-nascido. O objetivo da iniciativa, coordenada pelo Grupo de Trabalho Prevenção e Tratamento da Sífilis Congênita da Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), em conjunto com a Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo e Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), é chamar a atenção da população para a importância do diagnóstico precoce e do tratamento da doença na gestante.

Devido à alta prevalência da doença, e considerada um grande desafio e problema de saúde pública, o Ministério da Saúde lançou, em 1993, um projeto de eliminação da sífilis congênita em consonância com a proposta formulada pela Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) e Organização Mundial de Saúde (OMS), que definia como meta a redução na incidência da doença a valores menores ou iguais a um caso por mil nascidos vivos. No entanto, a despeito dessa iniciativa e apesar dos vários esforços conjuntos de obstetras, pediatras e equipes de enfermagem, que atuam na atenção primária, secundária e terciária, observou-se que, além de não se conseguir erradicar a doença, houve também um aumento no número de casos.

Se previamente diagnosticada e adequadamente tratada, a sífilis congênita não leva a qualquer alteração ou disfunção. Mas, se ignorada, pode levar a sequelas irreversíveis no bebê e até causar a morte. Por isso, é fundamental que se discuta essa moléstia tão antiga, mas que, atualmente, continua tão presente.

O IPCEP e a Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha apoiam o Outubro Verde. Faça o teste de sífilis o quanto antes e evite que a doença seja transmitida para o bebê. É fundamental que o parceiro sexual também faça o teste. Se o resultado for positivo, o tratamento é garantido pelo SUS.

 

Fontes: Agência AIDS, Sociedade de Pediatria de São Paulo (SPSP), Coordenação Estadual de DST/Aids de São Paulo, Associação de Obstetrícia e Ginecologia de São Paulo (Sogesp), Senado Notícias e Agência Brasília. Arte: IPCEP.