Voluntários levam alegria aos pacientes do HEGV

Mesmo com a atenção e o carinho dos profissionais de saúde, o ambiente hospitalar está associado a momentos difíceis, como a luta contra uma doença ou um tratamento complicado. O papel dos voluntários nos hospitais é fundamental no enfrentamento desses dias nebulosos.

Há grupos que realizam oficinas com pacientes e acompanhantes, que fazem teatro e brincadeiras, enquanto outros levam músicas ou contam histórias. Há também aqueles que distribuem presentes. Existe, entretanto, algo em comum: todos levam amor e alegria, que amenizam o sofrimento e tiram o foco da rotina de um hospital.

O Hospital Estadual Getúlio Vargas conta com a dedicação e o apoio de alguns grupos voluntários que exercem atividades esporádicas ou em datas comemorativas.

Com música, bate-papo e improviso, o HEGV recebeu no dia 20 de maio a trupe Os Cheios de Graça, que desenvolve atividades lúdicas sem fins lucrativos em ambientes hospitalares. A iniciativa, da Assessoria Técnica de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (ATH-SES/RJ), e que tem o apoio do IPCEP e da Direção do Complexo Estadual de Saúde da Penha, contagia pacientes, acompanhantes e funcionários e ajuda a oferecer algum conforto para aqueles que passam por momentos difíceis e estão com a saúde debilitada.

A ação já faz parte do calendário de atividades lúdicas que a ATH-SES/RJ e o HEGV proporcionam aos pacientes. Os palhaços percorreram os setores de internação e visitam os pacientes, sempre acompanhados de bom-humor, alegria e muitas risadas.

O respeito é fator primordial nesse trabalho. Os voluntários não entram nas enfermarias se o paciente estiver em procedimento, dormindo ou não quiser a visita. Há ainda o cuidado para quartos compartilhados, onde todos os pacientes são consultados sobre a autorização, e mais do que isso, sobre o desejo de participarem das brincadeiras, que não têm idade.

“Dentro do hospital, o palhaço leva um pouco de si para o outro e é isso que faz dele essencial neste ambiente”, afirma a pedagoga Kelli Bahia, coordenadora do projeto.

O trabalho da trupe é totalmente voluntário e acontece sempre aos sábados. Antes, os integrantes passam por um curso introdutório, onde compartilham a história da gênese da criação da palhaçaria e abordam a trajetória do riso na humanidade e do arquétipo do palhaço, através do WhatsApp, e, ao final, participam de um workshop presencial, onde são realizadas dinâmicas de linguagem corporal e práticas de palhaçaria hospitalar. A qualificação é gratuita.

Para conhecer o trabalho do grupo e receber informações sobre o curso de iniciação em palhaço de hospital, basta acessar o perfil @trupeoscheiosdegraca no Instagram.

 

Fontes: Trupe Os Cheios de Graça, Escola de Palhaços – Universidade de São Paulo, Cadernos Brasileiros de Saúde Mental, Assessoria Técnica de Humanização da Secretaria de Estado de Saúde do Rio de Janeiro (ATH-SES/RJ) e Assessoria de Comunicação do Complexo Estadual de Saúde da Penha. Fotos: IPCEP.